O ano era 515 a.C. e a cidade de Pompéia, na Itália, divulgava casas de banho e lutas de gladiadores em tabuletas. Ao mesmo tempo, pregoeiros de rua usavam a própria voz para vender escravos e gado. Cerca de 400 e poucos anos depois, Pompéia foi destruída pela erupção do Vesúvio, mas a forma de promover os negócios se manteve viva. Hoje, mais de 2.500 anos depois dos mais antigos registros da publicidade na história, ainda vemos os homens-placa no centro de São Paulo ou o carro da "Pamonha de Piracicaba". Paramos no tempo? Não... longe disso...
Você está no meio de um furacão. Sente-se, segure em alguma coisa e vamos tirar o melhor dessa tempestade!
Quando as Torres Gêmeas caíram, em 11 de setembro de 2001, os recursos digitais que hoje são nossa rotina ainda não existiam. YouTube, Instagram e Facebook não haviam nascido. O Google era um buscador pouco conhecido. A Amazon era uma livraria online. O comércio eletrônico era uma novidade e ainda dava seus primeiros passos. Não estamos falando de Pompéia, estamos falando da vida de todos nós, 20 anos atrás. Em duas décadas, fomos inseridos em um universo frenético, movido a novidades. Sequer pensamos nisso como usuários, mas se queremos ser relevantes para nossos clientes e estimular negócios, devemos pensar.
A cadeia produtiva do setor de autopeças tem início no fabricante, mas o ecossistema de negócios do setor envolve distribuidores, varejistas e oficinas. No fim de tudo está o cliente que toma decisões, mesclando as informações e experiências que encontra tanto no mundo on-line, como no off-line. E é justamente a forma natural como combinamos o digital e a vida fora dos dispositivos que torna obrigatório pensar em como chegar ao cliente, inserindo o digital em nossas estratégias de comunicação.
A pesquisa de preços ou o primeiro contato com um produto já não tem uma origem conhecida. Um ruído indesejado no carro, para citar um exemplo, pode nos fazer parar em uma loja no caminho para o trabalho ou ligar para o telefone exibido na fachada - um roteiro que podemos chamar (ingenuamente) de "tradicional". Mas também pode nos levar a uma busca no Google, a um blog especializado, a uma comunidade em uma rede social ou a um tutorial em vídeo. É o cliente que escolhe a porta de entrada para buscar a solução para um problema, e há dezenas de portas que podem ser escolhidas!
Não há receitas prontas, mas é fato que empresas com estratégias multicanal têm mais condições de serem encontradas por este "novo cliente".
Existem, no entanto, "verdades" que precisam ser postas em xeque. A primeira delas é que basta estar presente. A presença é apenas o início da jornada. É proibido sentar-se em berço esplêndido e acreditar que o produto, por si só, fará a venda acontecer: é fundamental estabelecer uma comunicação em dois sentidos, criar relacionamentos e conhecer as dores dos clientes.
Outra "verdade" a ser derrubada é que já conhecemos a receita de sucesso. Ninguém conhece o futuro, e os próximos 20 anos terão avanços e mudanças muito mais intensas do que aquelas que vivemos nas últimas décadas. É preciso ser flexível e acompanhar esta dinâmica com atenção. E aqui, é possível dizer que a digitalização dos negócios é questão de sobrevivência e não opção. Conhecer as ferramentas digitais, identificar a melhor forma de atuação e criar estratégias para criar conexões com seu público consumidor é imprescindível para garantir a continuidade dos negócios.
A KOSTAL Brasil está atenta a essa questão e vem buscando melhorar sempre, porque há muito trabalho pela frente, mas as recompensas são valiosas. Dê o primeiro passo, mas antes, renuncie às certezas e esteja pronto para mudar a rota sempre que necessário. Certa vez perguntaram ao líder espiritual tibetano, Dalai Lama: “E se um dia o senhor descobrir que está indo no caminho errado”? Resposta: “Teremos de repensar tudo que defendemos até então e buscar novos caminhos”.
Para quem resistir, restarão as casas de banho e as lutas de gladiadores para movimentar o faturamento ;-)